O VELHO SABIO E SUAS TRÊS FLECHAS!
Lembro-me bem daquela imagem que foi incrustada em minha mente desde a mais tenra idade...Meu velho pai lendo livros dos mais diversos...livros de história, dicionários, livros temáticos e de conhecimentos gerais e, sempre, o “livro dos livros”...
Sua austeridade apenas superficial frequentemente nos ensinava que o maior legado que nos deixaria seria a cultura que ele mesmo apreendeu longe dos centros do saber.
Não imaginava ele que seus três rebentos fossem apaixonar-se pelo vernáculo e nutrir um desejo insaciável pelo conhecimento...
A boa música também fora o nosso berço...desde pequenos cantávamos e tocávamos, juntos ou separados, desenvolvendo ouvidos diferenciados e habilidades artísticas.
O primogênito sempre revelou obstinação pelo estudo. Com a timidez que lhe é inerente, alçou vôos altaneiros, querendo nos mostrar que devíamos fazer o mesmo. Hoje se destaca na Defensoria Pública, sendo elogiado e reconhecido pelo trabalho que executa. Seu nome é Eliomar Monteiro!
A moçinha do meio era a guerreira do lar...desde pequena demonstrava a que tinha vindo...com a coragem e a intrepidez dos “monteiros”. A obsessão pelos livros também era seu marco...fruto do desejo incutido por nosso exemplo maior... Intelectual e decidida, hoje presenteia a sociedade com o exercício da advocacia. Ela é Risomar Monteiro.
O caçula sou eu! Apaixonado pela música e dengado por Deus, caminhei pelo País e até fora dele, absorvendo as curiosas manifestações do mundo! A imagem do meu velho lendo ainda continua viva em minha memória, relembrando-me que há sempre mais por conhecer! Aprendi a amar o direito e a justiça, cujo prumo persigo.
Portanto, para aqueles que não nos conhecem, mas ousam tentar tocar-nos com a fraqueza de suas palavras, saibam que sabemos de onde viemos e quem somos e como o sábio Salomão, pedimos ao Senhor apenas duas coisas e que Ele não nos negue antes da morte:
“Afasta de nós a vaidade e a palavra mentirosa; não nos dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-nos do pão da nossa porção de costume; Para que, porventura, estando fartos não te neguemos, e venhamos a dizer: Quem é o SENHOR? ou que, empobrecendo, não venhamos a furtar, e tomemos o nome de Deus em vão.”
Wesley Monteiro
02/09/2011